Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o número de passageiros transportados pelas companhais aéreas nacionais apresentou retração de 4,3% em 2016. Ao todo, foram transportados 122 milhões de passageiros, ou seja, 5,5 milhões de clientes a menos do que os 127,5 milhões de usuários registrados em 2015. Essa é a primeira vez em dez anos que o país tem queda no número de passageiros transportados. Já a oferta de assentos pelas companhias também apresentou queda de 5,3% em relação a 2015.
Quando divididos os resultados registrados em “mercado doméstico” e “mercado internacional”, este primeiro apresentou uma queda de 5,7% com o transporte de cerca de 89 milhões de passageiros, por sua vez, a oferta de assentos também diminuiu em 5,9%. Já no mercado internacional, as companhias aéreas transportaram 33,1 milhões de passageiros, uma ligeira queda de 0,3%, enquanto a oferta de assentos se reduziu em 3,1%.
A forte queda da atividade econômica prejudicou significativamente a demanda do setor uma vez que a retração das atividades industriais e empresariais impactou negativamente no número de passageiros a negócios, ao mesmo tempo que a elevação do desemprego, a queda do rendimento médio e a retração do crédito disponível afetou desfavoravelmente o número de viajantes a passeio. No entanto, a confluência dos resultados de demanda de passageiros e oferta de assentos nos revela um dado positivo para as empresas nacionais: houve um crescimento do número de passageiros por voo (a chamada taxa de aproveitamento das aeronaves) passando de 80,2% em 2015 para 81% em 2016, ou seja, variação positiva de 0,8 p.p. Isto é um bom sinal para as companhias, uma vez que, com menor taxa de ociosidade, a margem operacional destas se eleva impactando positivamente na taxa média de lucro do setor.
Analista Responsável pelo Setor: Felipe Souza.
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