Nesta semana surgiram notícias dando como certa as negociações da venda de ativos da Vale Fertilizantes para a empresa Mosaic, em uma transação que pode chegar a mais de R$ 3 bilhões. É especulada também a venda de mais ativos da Vale fertilizantes para a empresa norueguesa Yara. Isto marca uma nova tendência do setor, a redução da participação direta/indireta do governo brasileiro na produção do setor de fertilizantes, ainda mais com a saída da Petrobras do setor de fertilizantes.
A Vale vem tentando reduzir o seu endividamento em R$ 10 bilhões até o final de 2017, visando uma reestruturação na empresa devido à queda nos preços de commodities. A Petrobras busca algo semelhante, mas buscando voltar somente para a extração de Petroleo e Gás.
Os impactos destas ações podem ser mais interessantes do que muitos players de mercado imaginam, já que o setor poderá crescer sem estar tão dependente das decisões do governo brasileiro, que não somente é o controlador majoritário da Petrobras, mas também por que conta com grande influência dentro da Vale, em um período de crise. O mercado de fertilizantes se tornará ainda mais atraente para o setor privado, tendo em vista o vácuo que poderá se formar com essas medidas e devido a expectativa de que a demanda por fertilizantes dobre nos próximos anos, não somente no Brasil, mas em toda a América do Sul.
Assim, apesar dos receios gerados com essas medidas o mercado de fertilizantes tende a ganhar em termos de eficiência e competitividade no médio prazo, o que deverá impulsionar ainda mais os ganhos de faturamento no setor.
Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino
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