segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Comércio Varejista Geral: Ruptura é problema sério no varejo farmacêutico


Um estudo da IMS Health, divulgado pelo Diário Comércio, Indústria e Serviços (DCI), mostrou que a falta de produtos nas gôndolas das farmácias – a chamada ruptura de estoque – responde por uma perda de faturamento na ordem de R$ 9 bilhões anualmente. Esse volume representa até 10% da receita das empresas deste segmento varejista.

A Close-up International, consultoria especializada no segmento, diz que a falta de planejamento conjunto entre indústria e varejo, em paralelo a falhas no adequação do mix e mensuração da demanda, é a principal causa desse tipo de problema. Conseguir uma melhor sintonia entre o forecast dos laboratórios e a demanda das farmácias é um dos principais pontos a ser melhorado, de maneira a envolver mais os fornecedores no dia a dia das redes varejistas. 

[1]  Com uma tarifa de deslocamento mais alta (pedágio ou taxa de embarque), isso acarretaria em um aumento dos custos operacionais das empresas transportadoras de cargas e de passageiros que, por sua vez seriam repassados aos demandantes dos serviços de transporte. Isto poderia afetar negativamente a competitividade da produção local e o quantum de viagens por motivos turísticos ou à negócios, o que provocaria uma redução da procura por transporte em um momento futuro.

Outro fator é a correta gestão das categorias de produtos. Tanto a IMS quanto a Close-up informam que este tipo de planejamento estratégico, que é tão comum em outros segmentos varejistas, tornou-se prioridade a pouco tempo nas drogarias. Ter o controle sobre o fluxo de mercadoria, categorizando-as corretamente, evita que um item de baixa demanda permaneça meses na prateleira enquanto outros de alto giro se esgotem rapidamente nas gôndolas. 

Tais controles são essenciais para as redes de drogarias pois, diferentemente de outros tipos de varejo, o cliente tende a não realizar a compra quando não encontra exatamente o produto que esta procurando. Ademais, ao não obter determinado item, o consumidor tende a não comprar outros produtos que por ventura iria levar em conjunto. Com isso, a ruptura não traz prejuízo somente no item faltante, mas também em outras categorias.

Analista Responsável pelo Setor: Robson Poleto.


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