No segmento supermercadista, não basta alternar o foco para este ou aquele modelo de vendas, é necessário acertar na estratégia intra-loja. Como exemplo tem-se algumas redes que estão investindo no Atacarejo, dado o crescimento deste canal no último ano, mas optam por aumentar o portfólio de produtos e acabam descobrindo que a elevação de custo, inerente a isso, inviabiliza o preço baixo – principal característica do canal. Outro exemplo são os minimercados, onde as estratégias comumente adotadas em super e hipermercados tendem a não fidelizar os clientes, que preferem opções mais personalizadas à realidade da vizinhança.
Para evitar esses problemas, deve-se atentar para pontos importantes, como: formação do mix de acordo com o canal de vendas (mini, super, hiper ou atacarejos); otimização do espaço; posicionamento dos produtos; e adaptação da estrutura física. Esses detalhes costumam variar de acordo com o modelo de loja adotado, bem como com a realidade da localidade em que o empreendimento esta inserido. Por isso, cabe ao gestor analisar e identificar qual o cenário em que irá atuar, podendo obter variações consideráveis nas vendas – como verificou o Grupo Pão e Açúcar com o Miniextra, que após reformar algumas lojas e adapta-las observaram até 25% de aumento no faturamento.
Além disso, investir no e-commerce para o segmento alimentício também é uma boa estratégia. Três das grandes redes supermercadistas que atuam no Brasil – GPA, Sonda e Muffato – apresentaram crescimentos superiores a 20% nas vendas online, Entretanto, ressalta-se que a confiança do consumidor nesse canal de vendas ainda é baixa, e as dificuldades logística inerentes a esse modelo também são um desafio. Investimentos em marketing e nas linhas de distribuição dos produtos perecíveis são os principais pontos para que aumentem o número de empresas do setor atuando no mercado online.
Essas questões demonstram que apesar de este ser um mercado tradicional, além de essencial, ainda há espaço para crescimento das vendas. Isso se deve, entre outros pontos, ao grande mercado consumidor brasileiro, bem como a as inovações tecnológicas que avançam no setor. Com isso, tanto os grandes quanto os médios e pequenos supermercadistas devem estar sempre antenados nas alterações do perfil de consumo, adaptando-se a realidade dos seus clientes.
Analista Responsável pelo Setor: Robson Poleto
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