sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Combustível Distribuição: Retração do mercado brasileiro de combustíveis


O cenário econômico marcado pela retração da produção industrial e consumo das famílias já afeta a demanda por combustíveis nos primeiros sete meses de 2015. Neste período as vendas dos principais combustíveis (etanol hidratado, gasolina, óleo diesel, GLP, querosene de aviação e óleo combustível) apresentaram um volume cerca de 1% menor do que o vendido no mesmo período do ano anterior.

O destaque negativo se deu pela queda de  5,0% no volume comercializado da gasolina em virtude do aumento do desemprego e queda do rendimento médio do trabalho. Além disto, a perda de dinamismo do setor industrial, que repercutiu numa menor produção e circulação de produtos industrializados, também é um fator que explica a queda (de -2,5% nos primeiros sete meses do ano) do consumo de óleo diesel, principal combustível dos veículos pesados. O único destaque positivo se deu pelo expressivo aumento das vendas de etanol hidratado, que ganhou competitividade em razão do aumento de preço da gasolina.

Mesmo que tenha havido um considerável aumento de preço em quase todos os combustíveis analisados em 2015 (excluindo apenas o etanol hidratado, que sofreu uma retração de 1,3% do preço médio praticado pelas distribuidoras), a queda das vendas acabou por prejudicar a geração de caixa e os lucros das principais companhias do setor.

Tal cenário tende a se prolongar até, pelo menos, meados de 2016, uma vez que não se vislumbra, no médio prazo, uma retomada consistente e intermitente da produção industrial, bem como do consumo. Assim, o setor deverá se acostumar a operar com resultados operacionais mais deprimidos do que os obtidos nos últimos anos.

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