O cenário
econômico marcado pela retração da produção industrial e consumo das famílias
já afeta a demanda por combustíveis nos primeiros sete meses de 2015. Neste
período as vendas dos principais combustíveis (etanol hidratado, gasolina, óleo
diesel, GLP, querosene de aviação e óleo combustível) apresentaram um volume
cerca de 1% menor do que o vendido no mesmo período do ano anterior.
O destaque
negativo se deu pela queda de 5,0% no
volume comercializado da gasolina em virtude do aumento do desemprego e queda
do rendimento médio do trabalho. Além disto, a perda de dinamismo do setor
industrial, que repercutiu numa menor produção e circulação de produtos
industrializados, também é um fator que explica a queda (de -2,5% nos primeiros
sete meses do ano) do consumo de óleo diesel, principal combustível dos
veículos pesados. O único destaque positivo se deu pelo expressivo aumento das
vendas de etanol hidratado, que ganhou competitividade em razão do aumento de
preço da gasolina.
Mesmo que
tenha havido um considerável aumento de preço em quase todos os combustíveis
analisados em 2015 (excluindo apenas o etanol hidratado, que sofreu uma
retração de 1,3% do preço médio praticado pelas distribuidoras), a queda das
vendas acabou por prejudicar a geração de caixa e os lucros das principais
companhias do setor.
Tal
cenário tende a se prolongar até, pelo menos, meados de 2016, uma vez que não
se vislumbra, no médio prazo, uma retomada consistente e intermitente da
produção industrial, bem como do consumo. Assim, o setor deverá se acostumar a
operar com resultados operacionais mais deprimidos do que os obtidos nos
últimos anos.
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