
A Vivendi antecipou sua saída do Brasil. A companhia
francesa de mídia e entretenimento tinha 4 anos para alienar as ações da
Telefônica Brasil que recebeu como parte da venda da GVT. A Vivendi vendeu 4%
da Telefônica Brasil numa só tacada. A operação, realizada pelo Bank of America
(BofA) e Merrill Lynch, foi a maior venda de bloco de papéis de uma companhia
brasileira já realizada na história: quase R$ 3 bilhões.
É necessário entender que essa ação da operadora de
telecomunicações européia atendeu duas necessidades: foco no principal negócio
da companhia e exigências do Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(Cade). Quanto a esse último, o Cade havia concedido até o início de 2019 para
que a Vivendi reduzisse, aos poucos, a participação na Telefônica Brasil
fatia resultante da venda da GVT ao grupo Telefonica, por cerca de R$ 25
bilhões. No entanto, essa exigência foi conveniente com a necessidade da
Vivendi, que concentra-se num modelo de negócios dedicado a fornecer contéudo
no mercado europeu. A recente venda da GVT é um sinal claro dessa estratégia.
Logo, apesar das dificuldades do mercado de
telecomunicações brasileiro com ameaças de aumento de tributos e queda da
demanda, afirma-se que esse movimento não está vinculado à atual conjuntura.
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