sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Macroeconomia: Senado aprova redução das desonerações dando fôlego ao esforço de contenção fiscal


Se o plano de ajuste fiscal arquitetado pelo Ministro da fazenda, Joaquim Levy, ainda não tinha recebido apoio do Congresso Nacional, o Governo pode comemorar sua primeira vitória. Foi aprovado pelo Senado o projeto de Lei que reduz as desonerações concedidas pelo governo a 56 setores da economia.

Criada em 2011 pelo governo, a renúncia fiscal tinha objetivo de desonerar a folha de pagamento das empresas (pois abria oportunidade para que as empresas substituissem a tributação obrigatória sobre a contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamentos para a Previdência, por alíquotas incidentes na receita bruta das empresas), de forma que estas poderiam empregar maior mão-de-obra à um custo fiscal menor, além de abrir caixa para que investimentos fossem estimulados, redinamizando a cadeia produtiva e a economia como um todo. Em 2014, a medida acumulou uma renúncia fiscal de cerca de R$ 22 bilhões.

Assim, a partir de 90 dias de publicação da lei (que ainda será encaminhada para aprovação presidencial) o projeto implicará em aumentos diferenciados para alguns setores, aumentando as alíquotas atuais de 1% e 2% para até 4,5% a depender do segmento.


Opositores da medida a criticam sob a alegação de o aumento na alíquota provocará uma onda de demissões, aumentando os efeitos da retração econômica atual. Por outro lado, os defensores da medida alegam que tal fez-se necessária, uma vez que nem todas as desonerações concedidas se transformaram em investimento para a manutenção de empregos. O fato concreto é que tal ação inevitavelmente terá efeitos positivos no balanço fiscal federal, contribuindo para o sucesso do plano de contenção fiscal, já que estima-se que a mudança poderá resultar em uma arrecadação de cerca de R$ 10 bilhões.

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