A queda da atividade econômica e do comércio varejista
esperada para 2015 afeta diretamente o setor de shopping centers, haja vista
que implica em uma tendência de queda das vendas e prestação de serviços dentro
dos shoppings. No entanto, é importante destacar que as receita dos shoppings
são constituídas basicamente pela receita de aluguel dos pontos comerciais e de
receita de estacionamento. Assim, em um primeiro momento os lojistas (quem remunera os proprietários
dos shoppings) tendem a sentir os efeitos negativos da atividade econômica.
Já em um segundo momento, o resultado dos proprietários pode ser afetado de
acordo com o comportamento de algumas variáveis, como, por exemplo, a
capacidade dos empreendimentos de manterem o fluxo de pessoas, a quantidade de
shoppings atuantes na mesma região e o desempenho
dos lojistas no decorrer do tempo. Esta última variável mencionada é de
grande relevância, sobretudo no atual cenário, pois, não é plausível considerar
um aumento dos preços dos aluguéis em paralelo à queda das vendas das lojas por
um período longo.
Assim, na atual conjuntura econômica, é de se esperar que
o setor de shoppings concentre maiores esforços para manter o fluxo de pessoas
e as vendas dos lojistas, mitigando os efeitos negativos apresentados pela queda
da atividade e se aproveitando da relativa estabilidade das fontes de receita
do setor.
Por fim, é importante considerar que a desvalorização
cambial pode contribuir para mitigar os efeitos negativos da queda da atividade
econômica interna, pois, a perda de poder de compra do real no exterior pode
desestimular as pessoas a viajarem e gastarem em lojas fora do país,
direcionando parte destes recursos para as lojas localizadas em shoppings
localizados no Brasil.
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