sexta-feira, 15 de maio de 2015

Suco de Laranja: Cadeia citrícola luta por desoneração do suco para expansão no mercado doméstico


As grandes indústrias que produzem suco de laranja no País, predominantemente destinado ao mercado externo, querem ampliar as vendas do produto integral (sem adição de água ou açúcar), no mercado interno, através de uma desoneração que reduza o preço final do produto.

Apesar do resultado positivo das exportações do suco de laranja no acumulado do ano até abril, em que houve um crescimento em volume de 19%, ante o mesmo período de 2014 - dada a demanda crescente dos Estados Unidos, tendo em vista a safra menor da Flórida - estudos têm mostrado que o consumo do suco nos países desenvolvidos está diminuindo, e sofre com a substituição por outras bebidas de menor custo.

Por isso, a preocupação dessas empresas em aumentar o consumo do suco no mercado doméstico, pois vêem um alto potencial de crescimento no mercado brasileiro, já que o consumo per capita de sucos integrais de frutas ainda é de aproximadamente 0,8 litro por ano, sendo que nos EUA esse já alcançou 18 litros. No Brasil, os refrescos e néctares, entre outros, são fortes concorrentes do suco de laranja integral, dada a arraigada "cultura do espremedor".


As empresas esperam a aprovação, ainda que tardia de um projeto de desoneração do suco de laranja 100% proposto pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR). Esta não consiste em uma desoneração total, mas apenas no último elo da cadeia. O objetivo é isentar de PIS e Cofins as vendas das engarrafadoras aos varejistas -­ a alíquota é de 7,65% ­-, além de ICMS. De forma que o suco de laranja seja tratado como o alimento saudável e que tenha o mesmo tratamento tributário de produtos da cesta básica enquadrados na Lei 10.925, de 2004. O projeto já foi apresentado nos Ministérios da Agricultura, da Fazenda, na Câmara e no Senado.


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