Varejo: Comércio varejista acumula queda de 0,8% no trimestre
Os
dados nacionais do comércio para o mês de março, publicados pelo IBGE, vêm para
confirmar a perda de dinamismo do varejo brasileiro nesse ano. O volume de
vendas decresceu 0,9%, enquanto a receita nominal caiu 0,4%, ambas as variações
em relação ao mês anterior. Entretanto, na comparação com o mesmo mês do ano
anterior, em termos de volume de vendas, observa-se crescimento da ordem de
0,4%. Dessa forma, o comércio varejista brasileiro fechou o primeiro trimestre
do ano com uma queda de 0,8% no volume de vendas e crescimento de 6,5% na
receita, em relação ao primeiro trimestre de 2014.
Das
oito atividades do varejo restrito (aquele que não contempla as categorias
Veículos e motos, partes e peças e Material de construção), cinco apresentaram
variação negativa no volume de vendas em relação ao mês de fevereiro e, também,
cinco segmentos decaíram na comparação com o mesmo mês do ano anterior. As
categorias as quais exibiram maior crescimento, em relação ao mês de março de
2014, foram Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
(21,8%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (17,4%) e Artigos
farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (10,2%).
Por outro lado, as categorias que tiveram suas
vendas mais prejudicadas, também em comparação ao mês de março de 2014, foram
Móveis e eletrodomésticos (-6,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria
(-5,9%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
(-2,4%). Nesse sentido, já é possível perceber os efeitos do menor ritmo de
crescimento do crédito, em conjunto com o aumento generalizado dos preços, o
qual acaba afetando o poder de compra da população. Além disso, o aumento da
taxa de desemprego, combinado com a estabilização da renda, faz com que os
consumidores reorganizem a sua cesta de consumo, deixando de consumir produtos
considerados supérfluos.
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