Foi divulgado o
resultado do setor de HPPC do ano de 2014. Os fabricantes de produtos de
higiene pessoal, perfumaria e cosméticos ampliaram o faturamento no ano passado
em 11%, chegando a R$ 101,7
bilhões. O dado revela um forte crescimento da categoria, dada a conjuntura
adversa da economia brasileira. Entretanto, já há sinais de leve desaceleração,
uma vez que o crescimento dos dois anos anteriores foi na ordem de 15,6% e
11,8% em 2012 e 2013, respectivamente.
A associação do setor, Abihpec, revela ainda
que não há uma perspectiva de vendas definida para 2015, uma vez que o momento
na economia é de grande volatilidade. Dada a conjuntura de maior pressão
inflacionária, deterioração do mercado de trabalho e uma menor disponibilidade
da renda para o consumo, o setor investe na estratégia de promover embalagens
menores, para estampar um preço mais apetecível aos olhos do consumidor. Em
adicional, não há expectativas definidas de investimento para ampliar a
capacidade produtiva nesse ano. A Abihpec lembra que, em 2014, foram
inauguradas quatro fábricas de grande porte da Boticário, na Bahia, da
Natura, no Pará, da Unilever, em São Paulo, e da Procter & Gamble, no Rio
de Janeiro. Os investimentos anuais do setor têm ficado entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,9 bilhão.
Apesar das
dificuldades, entre elas a equiparação da tributação da indústria com os
agentes distribuidores, medida adotada pelo governo Federal que ocasionará no
aumento de preço de alguns itens do setor, e já a alta tributação de alguns
produtos, ainda existem boas perspectivas de crescimento, com base,
principalmente, pelo fato dos produtos do setor de cosméticos possuírem um apelo emocional,
os quais auxiliam a preservar a auto-estima de seus consumidores, fazendo com
que seu consumo acabe por ser preservado, mesmo em cenários de piora da economia.
Além disso, produtos de
higiene pessoal tendem a apresentar em menor grau de queda nas vendas, dado o
seu caráter essencial. Ademais, o mix de produtos oferecido, com grande
variedade de produtos e nichos de mercado, favorece o setor a ser menos afetado
pela conjuntura econômica, apesar dela já ter demonstrado impacto no
segmento.
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