Perguntado sobre o andamento das negociações entre
governo e iniciativa privada em relação ao Fundo de Financiamento Estudantil
(Fies), o ministro da Educação, Cid Gomes, afirmou em 12/02/2015, que os cursos
considerados estratégicos e de boa qualidade continuarão contando com o apoio
do governo. Ele disse ainda que os cursos que reajustarem a mensalidade acima
da inflação terão de se explicar ao governo. "Os cursos estratégicos para
o Brasil e de boa qualidade terão aval do governo", afirmou o ministro ao chegar
à Câmara dos Deputados para falar com a base aliada ao governo, acrescentando
ser importante o país formar estudantes em física, química e matemática. O
ministro disse que o dinheiro é público e que o governo precisa fiscalizar.
Está mais que claro que o novo Ministério da Educação
está impondo regras rigorosas à concessão de recursos públicos ao ensino
privado, no entanto, a fala do novo ministro dá a entender que o Governo
Federal irá influenciar de alguma forma os preços do setor por meio do FIES.
Como muitas instituições dependem desse funding para financiar a matrícula de
novos universitário, o Governo Federal, ao condicionar a concessão de recursos
ao rejuste de mensalidades (o FIES somente financiará cursos, cujo reajuste não
ultrapasse 6,4% - o IPCA de 2014), está influindo sobre o preço na oferta de
cursos de ensino superior. Em suma, os grupos educacionais privados terão que
se desvencilhar para que a pressão de custos seja compatível com 6,4%, a fim de
manterem suas margens de lucro.
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