quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Instituições de Ensino: Reajuste além da inflação terá que ser explicado, diz Gomes


Perguntado sobre o andamento das negociações entre governo e iniciativa privada em relação ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o ministro da Educação, Cid Gomes, afirmou em 12/02/2015, que os cursos considerados estratégicos e de boa qualidade continuarão contando com o apoio do governo. Ele disse ainda que os cursos que reajustarem a mensalidade acima da inflação terão de se explicar ao governo. "Os cursos estratégicos para o Brasil e de boa qualidade terão aval do governo", afirmou o ministro ao chegar à Câmara dos Deputados para falar com a base aliada ao governo, acrescentando ser importante o país formar estudantes em física, química e matemática. O ministro disse que o dinheiro é público e que o governo precisa fiscalizar.

Está mais que claro que o novo Ministério da Educação está impondo regras rigorosas à concessão de recursos públicos ao ensino privado, no entanto, a fala do novo ministro dá a entender que o Governo Federal irá influenciar de alguma forma os preços do setor por meio do FIES. Como muitas instituições dependem desse funding para financiar a matrícula de novos universitário, o Governo Federal, ao condicionar a concessão de recursos ao rejuste de mensalidades (o FIES somente financiará cursos, cujo reajuste não ultrapasse 6,4% - o IPCA de 2014), está influindo sobre o preço na oferta de cursos de ensino superior. Em suma, os grupos educacionais privados terão que se desvencilhar para que a pressão de custos seja compatível com 6,4%, a fim de manterem suas margens de lucro. 


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