quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Indústria Farmacêutica: Câmara aprova o Marco da Biodiversidade


A Câmara dos Deputados aprovou o novo marco legal para o acesso ao patrimônio genético do país e mudanças na cobrança de royalties como compensação pelo uso da biodiversidade nacional em produtos dos setores farmacêutico, alimentício, agropecuário e cosmético. O texto vai ao Senado em regime de urgência. O projeto foi elaborado pelo governo após pressão das indústrias química, alimentícia e de cosméticos para facilitar a pesquisa da biodiversidade brasileira para desenvolvimento de produtos e renegociar multas a empresas e instituições que enviaram amostras para fora do país sem autorização ou fizeram pesquisa sem pagar os royalties.

O projeto prevê que a cobrança só ocorrerá depois da comercialização do produto final. A té o momento, os royalties eram cobrados antes mesmo de saberem se o produto daria retorno financeiro e muitas empresas deixaram de pagar. O governo decidiu reduzir a alíquota para repartição de benefícios, de 1,1% sobre a receita líquida do produto para 1%, com a possibilidade de redução para até 0,1% para "não comprometer a competitividade de setores que operem com uma margem menor". O percentual menor visa principalmente os produtos farmacêuticos.

O projeto de lei 7.735/2014, o Marco da Biodiversidade, deve estabelecer maior segurança jurídica a setores econômicos, como o farmacêutico, que fazem uso intensivo de recursos naturais para investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento, sem contar que deve proporcionar maior racionalidade ao uso da biodiversidade pelas companhias: elas somente pagarão royalties quando a inovação mostrar frutos, um contra-incentivo à biopirataria que também auxilia na redução dos riscos do investimento em inovação. Espera-se que com a aprovação do Senado, o projeto de lei pode estimular que as pesquisas que envolva a fauna e flora nacional permaneça no Brasil.



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