quarta-feira, 23 de julho de 2014

Telequipamentos: Leilão 4G pode se tornar "bônus fiscal"


Diante da dificuldade crescente para cumprir a meta de superávit fiscal do ano, o governo decidiu abrir mão de boa parte das exigências de investimentos que seriam impostas aos vencedores do leilão da quarta geração de celular (4G), marcado para este ano. Além disso, a equipe econômica estuda a criação de uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para garantir que esses recursos sejam convertidos em "bônus fiscal" para 2014. Antes das mudanças, o leilão chegou a ser considerado o ponto central da estratégia do governo de impulsionar a instalação de fibras ópticas. O plano propunha levar essas redes de alta capacidade de tráfego de dados à grande parte de centrais telefônicas pelas quais as operadoras chegam até à proximidade das casas de clientes.

O Governo Federal está optando para que a licitação seja pautada mais pelo valor do ágio do que pelas condições de melhor preço e técnica do serviço a ser prestado, ou seja, o leilão terá como ponto decisivo o quanto a empresa está disposta a oferecer de dinheiro, para conquistar a concessão do serviço 4G. Isto tem um importante impacto sobre a demanda de equipamentos de comunicação, pois se a licitação não for escolher o vencedor com base na qualidade do serviço, as empresas não terão incentivos a investir em tantos equipamentos. Logo, o diagnóstico sobre a demanda nesse setor para os próximos anos pode desacelerar se, dependendo do resultado da licitação.

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