quarta-feira, 23 de julho de 2014

Telequipamentos: Fusão entre a Oi e Portugal Telecom é permeada por problemas

http://www.lafis.com.br/lafisinstitucional/relatorio-analise-setorial/Telequipamentos.asp


Os analistas do JP Morgan cortaram recomendação das ações da Oi após a divulgação do investimento de 897 milhões de euros da Portugal Telecom (PT) em papéis de dívida da Rioforte, que pertence ao Grupo Espírito Santo, maior acionista da operadora europeia. "Rebaixamos a recomendação de neutra para underweight (abaixo da média de mercado) devido à deterioração percebida na governança corporativa, ao risco de mercado deste empréstimo e aos múltiplos da companhia", destacaram os analistas do banco de investimentos. Além disso, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou as notas de crédito da Oi e da Portugal Telecom (PT) na última quarta feira. As companhias tiveram suas avaliações "BBB-" revistas para baixo e agora têm nota "BB+", com perspectiva estável. Essa nota é a primeira fora do grau de investimento, e a primeira dentro do nível chamado de "junk" (grau especulativo). A perspectiva estável significa que a nota não será revista logo.

O embróglio da fusão entre a Oi e Portugal Telecom, com problemas financeiros nesta última que fazem esta ter sua participação reduzida na nova empresa de telecom, sinaliza que o horizonte de investimentos para a nova Oi seja menor, ao ter em vista tais dificuldades na concretização da fusão. O rebaixamento da nota de classificação de crédito da nova empresa traz dificuldades de captação de crédito para a empresa, o que pode atrapalhar a compra de telequipamentos, e isto ampliado pelo fato da empresa possuir 20% do mercado, isto é, o impacto não é desprezível no setor.

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