segunda-feira, 21 de junho de 2010

Comércio Varejista: Queda do volume de vendas em abril não impactará no setor varejista, que continuará investindo

Em abril, o volume de vendas no comércio varejista no segmento restrito, ou seja, segmento que não inclui materiais de construção e nem venda de veículos, apresentou queda de 3,0% ante o mês de março, maior queda apresentada nos últimos 10 anos. No entanto, esse resultado não deve ser interpretado como uma tendência. A receita nominal de vendas, por sua vez, apresentou crescimento de 0,3%, o que indica aumento nos preços dos bens consumidos. Apresentaram queda no volume de vendas os segmentos: livros, jornais, revistas e papelaria (-0,2%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,7%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,9%), combustíveis e lubrificantes (-2,0%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-10,5%).
Esse resultado pode ser explicado por vários fatores. Podemos citar: o feriado de Páscoa, que ocorreu antes do período em que geralmente ocorre, e a antecipação das compras de eletrodomésticos para o Dia das Mães, devido ao fim da isenção do IPI. Isso ocasionou reflexo nas compras do mês de abril.
O comércio continuará sendo impactado positivamente por outros fatores, como o rendimento médio do trabalhador, queda do desemprego, aumento da massa salarial e crédito acessível para o consumo, mesmo com os recentes aumentos da taxa básica de juros do país. O resultado do mês de abril não permanecerá nos próximos meses. Um exemplo dessa tendência para o comércio varejista é o investimento feito pelo grupo americano Walmart na construção de um hipermercado dentro dos padrões de "sustentabilidade" na cidade de Presidente Prudente. O valor a ser invertido é de cerca de R$ 40 milhões e irá gerar 300 empregos na cidade. A unidade será inaugurada até o final de 2010.

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