As empresas transportadoras e os transportadores autônomos do modal
rodoviário estão em meio de um dilema: ao mesmo tempo que os custos produtivos
estão em franca elevação e a demanda entrando numa trajetória de queda, a
melhor decisão seria elevar o preço do frete?
Uma pesquisa recente elaborada pela (NTC & Logística) mostra que a
diferença entre os custos efetivos da atividade e os fretes praticados
ultrapassa os 10%. Tal diferença é explicada pela alta no preço do diesel,
elevação das contas de luz (que encarece os custos das transportadores com
sede), dissídios salariais com ganho de 9%, entrada em vigor da Lei dos
Caminhoneiros, bem como as dificuldades de planejamento de boa parte do setor
de transporte com relação aos custos.
Este cenário, que deverá perdurar até meados do ano que vem, continuará
a deprimir as margens do setor, uma vez que o repasse de preços na cadeia
logística permancecerá inviável, impactando na redução da velocidade de
renovação da frota de veículos que percorrem as rodovias (responsáveis por dois
terços do transporte de mercadorias no país) e, no limite a falência de um percentual
não desprezível de transportadores autônomos menos produtivos.
Assim, o setor sucroalcooleiro deverá continuar ampliando a produção de
etanol, buscando minimizar as perdas de faturamento com os baixos preços do
açúcar.
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