quarta-feira, 22 de abril de 2015

Telequipamentos: Nokia compra Alcatel-Lucent para expandir seu mercado de equipamentos de telecomunicação


A Nokia vai comprar a Alcatel-Lucent em um acordo composto exclusivamente de ações que avalia sua rival francesa de menor porte em 15,6 bilhões de euros (16,6 bilhões de dólares), fortalecendo seu negócio de equipamentos de telecomunicações para competir com a líder de mercado Ericsson. A aquisição da Alcatel-Lucent pela Nokia refedinirá o setor, que sofre com perspectivas de crescimento fraco e pressão das empresas chinesas de baixo custo Huawei e ZTE. A companhia combinada terá cerca de 114 mil funcionários e vendas totais de cerca de 26 bilhões de euros. No setor de equipamentos móveis, ela ficará em segundo lugar, com participação no mercado global de 35 por cento, atrás dos 40 por cento da sueca Ericsson e acima dos 20 por cento da Huawei, segundo a Bernstein Research.
A compra da Alcatel-Lucent pela Nokia criará um novo player no mercado de equipamentos de comunicação, especialmente na parte de infraestrutura (ERB’s, linhas, comutadores), e isso é uma tendência natural num mercado que tem se mostrado cada vez mais competitivo, ainda mais com o avanço da tecnologia (daqui a pouco as redes 4G não serão mais as de última geração). O novo player terá maior musculatura financeira e envolverá a sinergia de duas áreas: comunicações fixas e móveis. A francesa Alcatel-Lucent especializou-se na fixa (equipamentos de transmissão IP, roteamento IP, infraestrutura de banda larga de cobre até fibra óptica, small cells, software e serviços gerenciados e de desenho e de aperfeiçoamento de rede), enquanto a finlandesa Nokia, dedicou-se mais à móvel (antenas e centrais de comutação). Porém, adverte-se que o choque entre as culturas corporativas francesa e finlandesa mostra-se um desafio para a integração das operações, conforme muitos salientam.

O reflexo disso no Brasil é que a nova companhia possui uma grande possibilidade de quebrar o duopólio entre a Ericsson e Huawei, e assim, elevar a competição no mercado. Cabe destacar que essa aquisição afetará a companhia Nokia Networks do Brasil, a parte da Nokia que não foi vendida à Microsoft, que comprou o segmento de aparelhos telefônicos (smartphones) em 2013.

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