A Nokia
vai comprar a Alcatel-Lucent em um acordo composto exclusivamente de ações que
avalia sua rival francesa de menor porte em 15,6 bilhões de euros (16,6 bilhões
de dólares), fortalecendo seu negócio de equipamentos de telecomunicações para
competir com a líder de mercado Ericsson. A aquisição da Alcatel-Lucent pela
Nokia refedinirá o setor, que sofre com perspectivas de crescimento fraco e pressão
das empresas chinesas de baixo custo Huawei e ZTE. A companhia combinada terá
cerca de 114 mil funcionários e vendas totais de cerca de 26 bilhões de euros.
No setor de equipamentos móveis, ela ficará em segundo lugar, com participação
no mercado global de 35 por cento, atrás dos 40 por cento da sueca Ericsson e
acima dos 20 por cento da Huawei, segundo a Bernstein Research.
A compra
da Alcatel-Lucent pela Nokia criará um novo player
no mercado de equipamentos de comunicação, especialmente na parte de infraestrutura
(ERB’s, linhas, comutadores), e isso é uma tendência natural num mercado que
tem se mostrado cada vez mais competitivo, ainda mais com o avanço da
tecnologia (daqui a pouco as redes 4G não serão mais as de última geração). O
novo player terá maior musculatura
financeira e envolverá a sinergia de duas áreas: comunicações fixas e móveis. A
francesa Alcatel-Lucent especializou-se na fixa (equipamentos de transmissão
IP, roteamento IP, infraestrutura de banda larga de cobre até fibra óptica, small cells, software e serviços gerenciados e de desenho e de aperfeiçoamento
de rede), enquanto a finlandesa Nokia, dedicou-se mais à móvel (antenas e
centrais de comutação). Porém, adverte-se que o choque entre as culturas
corporativas francesa e finlandesa mostra-se um desafio para a integração das
operações, conforme muitos salientam.
O reflexo
disso no Brasil é que a nova companhia possui uma grande possibilidade de
quebrar o duopólio entre a Ericsson e Huawei, e assim, elevar a competição no
mercado. Cabe destacar que essa aquisição afetará a companhia Nokia Networks do
Brasil, a parte da Nokia que não foi vendida à Microsoft, que comprou o
segmento de aparelhos telefônicos (smartphones)
em 2013.
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