terça-feira, 10 de março de 2015

Móveis: Os reflexos do ajuste fiscal – O fim do Minha Casa Melhor


A Caixa Econômica Federal confirmou a suspensão do Programa Minha Casa Melhor, que facilita a compra de móveis e eletrodomésticos. O banco informou que novas contratações estão sendo discutidas para uma outra fase do programa, mas não informou detalhes nem prazos. Para os beneficiários que já têm cartão referente a contratos em vigor não haverá mudanças. Lançado em 2013, o programa facilita a aquisição de bens conforme as necessidades das famílias inscritas no Minha Casa, Minha Vida. A Caixa oferece a cada beneficiário do programa habitacional do governo, um crédito subsidiado de até R$ 5 mil para compra de móveis e eletrodomésticos, a juros de 5% ao ano e prazo de 48 meses para pagamento.

Uma péssima notícia para o setor de linha branca&marrom, e especialmente para a indústria moveleira, que não tem usufruído de tantos benefícios do Governo Federal nos últimos anos. No entanto, acredita-se que a suspensão do programa não tenha tanto impacto assim, pois retira somente um nicho de mercado específico: as famílias financiadas pelo “Minha Casa, Minha Vida” que dispõem de espaço financeiro para contrair outros empréstimos. Afirma-se que a precaução dos consumidores para adquirir ou renovar artigos mobiliários devido ao instável cenário macroeconômico permeado por expectativas negativas tem afetado mais o setor, e isso está gerando um maior impacto negativo sobre o setor  do que o fim deste programa. Outras fontes de pressões para o desempenho da produção de móveis podem vir do aumento do IPI e/ou do aumento de outros tributos, como os relacionados à Previdência Social (aquela que incide sobre a folha de pagamento). Diga-se de passagem, um suposto aumento de tributos pode ter efeitos mais localizados.

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