Em 2014, o
setor de construção civil apresentou um fraco desempenho, que pode ser
observado por meio de diversas variáveis, tais como a retração de 5,1% no PIB
de construção civil de janeiro a novembro de 2014 em relação ao mesmo período
do ano anterior, retração da produção de insumos típicos da construção civil,
desaceleração do crédito ao mercado imobiliário e queda no número de emprego
formal no terceiro trimestre de 2014 em relação ao mesmo trimestre de 2013.
Deste
modo, o baixo ritmo de construção civil já vem impactando os resultados e/ou
perspectivas de toda a cadeia de relacionamento, como o setor de cimento,
materiais de acabamento, tintas, dentre outros. Considerando ainda as denúncias
da operação lava-jato contra grandes construtoras brasileiras, responsáveis
pelas principais obras de infraestrutura no país e as suas consequências
(default e redução da nota de crédito dada por agências internacionais) e a
menor propensão do governo em investir no curto prazo, em linha com o ajuste
fiscal, a tendência é que 2015 seja um ano desafiador para o setor de
construção civil.
No
entanto, se por um lado há diversos indicadores da conjuntura econômica que se
mostram desfavoráveis aos dois grandes segmentos da construção civil
(infraestrutura e imobiliário) e seus fornecedores, por outro lado há grandes
oportunidades de longo prazo para ambos os segmentos, considerando a
necessidade de ampliação e modernização de diversos segmentos ligados à
infraestrutura e ao grande déficit habitacional, que ainda é uma realidade
brasileira. Existem ainda oportunidades ligadas à adoção de novas tecnologias
que permitam maior produtividade na execução de obras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário