A seca no Sudeste do País já começa a atingir
a indústria, afetando, principalmente, aquelas que consomem muita água, entre
elas a indústria têxtil, tintas, papel e celulose e químico e petroquímico. Em reportagem
a Folha de S. Paulo, empresas relataram aumento nos custos, ocasionado pela
necessidade de tratar a água cada vez mais poluída e de aprofundar os poços
artesianos. Até mesmo, em casos mais extremos e, por enquanto, isolados,
algumas companhias tiveram que recorrer a caminhões-pipa e outras paralisaram a
produção.
Como a prioridade das companhias de
abastecimento de água estabelecida em lei é atender à população, algumas
empresas, de forma a garantir o insumo e reduzir custos, começaram a captar água
direto dos rios ou furar seus próprios poços. Mas mesmo com essas alternativas,
são afetadas pelo problema.
São Paulo representa um dos principais pólos
brasileiros de confecção, localizado na cidade de Americana, uma das
localidades mais afetadas pela seca. Na cidade, a Tinturaria têxtil,
Saltorelli, foi obrigada a suspender o turno de fim de semana e demitir 30
pessoas. A Saltorelli está situada na região onde foram identificados os casos
mais graves.
O problema da falta de água vem somar a
outras dificuldades já enfrentados pelo setor têxtil, como a concorrência
desleal com os produtos asiáticos, que tem feito o segmento brasileiro perder
cada vez mais espaço no comércio internacional, além de perder competitividade
com estes mesmos produtos no mercado nacional.
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