segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mineração: Plano Nacional de Mineração 2030 prevê investimentos de US$ 350 bilhões até 2030

O novo Plano Nacional de Mineração 2030 (PNM-2030), lançado no dia 8 de fevereiro pelo Ministério de Minas e Energia (MME), apresenta diretrizes gerais nas áreas de geologia, recursos minerais, mineração e transformação mineral, inclusive metalurgia, tendo como base a governança pública eficaz, agregação de valor nas etapas do setor mineral e sustentabilidade, apontando perspectivas de atração de investimentos em torno de US$ 350 bilhões até 2030, com possibilidades de geração de empregos de 3,3 milhões nas áreas ligadas à mineração e transformação mineral.

De acordo com o PNM-2030, até 2015, o setor poderá ter cerca de 297 mil empregos ligados à indústria extrativa mineral e 1,3 milhão advindos da indústria de transformação, que abrange os produtos metálicos e não-metálicos, totalizando uma perspectiva de 1,61 milhão postos de trabalho. Segundo as estimativas do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), até 2015 o segmento possui perspectivas de atrair US$ 64,8 bilhões em investimentos, sendo dois terços desse montante de origem nacional. Ainda de acordo com o instituto, o segmento de minério de ferro terá o maior montante de alocação de investimentos, correspondendo a algo em torno de US$ 42 bilhões, em segundo lugar estão os projetos ligados ao alumínio com aportes estimados de US$ 5,2 bilhões.

Os investimentos no setor de mineração são justificados pela excelente performance do mesmo principalmente no segmento de minério de ferro que apresentou um crescimento de preços superior a 500% entre 2001 e 2010 . Além disso, foi um dos setores que apresentou uma recuperação mais rápida após a crise econômica de 2008-2009, alcançando em 2010 o faturamento de US$ 157 bilhões, explicado pelo movimento de alta no preço internacional das commodities e graças a China, nossa principal demandante do minério de ferro. Vale ressaltar que o Brasil ainda possui espaço para crescer nesse mercado, já que, o país atende somente 23% do consumo chinês. Entre as deficiências do setor, existem os problemas da qualificação da mão de obra escassa nesse segmento, podendo torna-se um gargalo futuramente, somado aos problemas da alta carga tributária e perspectivas de aumento da alíquota dos royalties.

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