segunda-feira, 2 de março de 2015

Têxtil e confecções: O setor em 2014



O setor têxtil e de confecções, no Brasil, começou a fazer o balanço do ano de 2014, e os dados iniciais demonstram que o faturamento deve ter fechado 2014 em US$ 55,4 bilhões, equivalentes a R$ 130,2 bilhões, e os investimentos feitos ao longo do ano foram de US$ 1,1 bilhão, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria têxtil e de Confecções (Abit). O dado de faturamento verificado é inferior ao observado em 2013, quando este chegou a US$ 58,2 bilhões, porém, quando convertido em Real, cresceu 3,8% em relação ao ano anterior, influenciado, sobretudo, pela desvalorização da moeda nacional. Ademais, foram fechados 20 mil postos de trabalho ao longo da cadeia durante o ano.

As informações apresentadas ilustram a crise que a indústria têxtil e de confecções brasileira tem enfrentado, tendo como consequência principal a concorrência com os produtos asiáticos, já que estes possuem estrutura de custo mais competitiva, de forma que o produto brasileiro tem dificuldades em concorrer com os produtos asiáticos, principalmente os chineses, no mercado externo. Em adicional, a importação brasileira desses produtos tem aumentado a cada ano, de forma que, muitas fabricantes nacionais passaram a importar o produto acabado dessa região, como uma alternativa para garantir a sua lucratividade.

Apesar disso, o Brasil é o quarto maior produtor têxtil do mundo e possui o quarto maior parque produtivo de confecção. Além disso, o Brasil é, ainda, a última cadeia têxtil completa do Ocidente (passando desde a plantação do algodão até os desfiles de moda, estando entre esses extremos a produção das fibras, tecelagens, beneficiadoras, confecções e varejo). No Brasil, o setor é o segundo maior gerador do primeiro emprego e o segundo maior empregador da indústria de trasnformação, o que lhe garante um papel de destaque na indústria e na economia brasileira.

As perspectivas do setor para 2015 ainda não são animadoras, em consequência de fatores conjunturais, como o desaquecimento da economia brasileira, e fatores estruturais, que fazem com que o produto brasileiro não consiga concorrer com outros produtos, em especial, os asiáticos. Entretanto, a desvalorização do Real frente ao Dólar, com perspectivas da cotação desse último se manter alta ao longo de 2015, traz certo alívio aos produtores, que acreditam que haverá um aumento das encomendas, já que o importado está se tornando mais caro. 



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