A
sombra de uma crise que quebrou muitos produtores de soja de Mato Grosso há uma
década voltou a cobrir o Estado, apesar de a maioria deles estar capitalizada
após pelo menos quatro safras de lucros expressivos. É com essa expectativa que
parte dos sojicultores estão se preparando para o início do plantio na
temporada de 2014/15, em meados de setembro.
As
margens estão ficando cada vez menores, tendo em vista diversos fatores
estruturais, como o encarecimento dos preços das sementes – que hoje são, quase
que exclusivamente, transgênicas, que sempre foram mais caras -, da dependência
das importações de fertilizantes e dos gargalos logísticos, além dos fatores
conjunturais, como o preço da commodity no mercado internacional, que tem a
perspectiva de cair ainda mais, devido a grande produção no Brasil e Estados
Unidos, nas safras 2014/15 e 2015/16.
O
futuro do setor de Soja começa a se tornar mais incerto, principalmente a
partir de 2016, tendo em vista que a decisão de plantio para 2015 já foi
praticamente tomada pela maioria dos produtores do Brasil, já que a queda na
rentabilidade tende a aumentar em 2015 mas a se acentuar na safra de 2016. Essa
queda na rentabilidade poderá afetar o faturamento do setor, que vem
apresentando recordes desde 2012.
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