Com várias de suas patentes prestes a expirar, a Bristol-Myers aposta em novos medicamentos biológicos e espera dobrar suas receitas até 2015.
Não existe nada pior para uma empresa do setor farmacêutico do que a perda de uma patente. São anos de pesquisa e bilhões de dólares em investimentos que, de uma hora para outra, caem em domínio público, se são lançados sob a forma de genéricos com preços até 60% menores. Para não perder mercado, os laboratórios acabam reduzindo as margens e cobrando menos pelos remédios originais. Trata-se de uma fórmula mortífera que reduz drasticamente as receitas dos laboratórios.
É exatamente esse o drama da Bristol-Myers Squibb, uma das maiores companhias farmacêuticas do mundo, com faturamento global de US$ 18,8 bilhões em 2009. Com várias de suas patentes vencendo nos próximos cinco anos, a empresa foi obrigada a rever suas estratégias. Mas, ao contrário de seus concorrentes, que passaram a investir em fusões e aquisições para manter sua fatia do mercado, a Bristol, dona de marcas conhecidas como Naldecon e Luftal, tem adotado outra estratégia: apostar em inovação e no crescimento em mercados emergentes como o Brasil.
Bristol no mundo Faturamento: US$ 18,8 bilhõesReceitas com biofármacos: US$ 4,4 bilhõesInvestimentos em novos medicamentos: US$ 3,6 bilhões
“A matriz enxerga um potencial enorme de crescimento no Brasil”, afirma Stephen Merrick, novo CEO da Bristol-Myers Squibb no País. “Nossa meta é aumentar as vendas de nosso portfólio de medicamentos inovadores e chegar a um faturamento de R$ 750 milhões até 2015”, continua o executivo. Se conseguir alcançar a meta, dobrará o tamanho da empresa.
Nascido na Inglaterra, Merrick trilhou uma carreira brilhante na Bristol antes de chegar ao Brasil. Em 14 anos, o executivo já passou pelos escritórios da empresa nos Estados Unidos, Suécia, França, Israel e Turquia. Por aqui, precisará usar sua experiência para conduzir o lançamento de cinco novas drogas biológicas – produzidas a partir de células vivas – nos próximos anos. São medicamentos usados no combate a hepatite C, câncer e diabetes.
“Para isso, estamos investindo muito em pesquisas. Precisamos de novos remédios para crescer”, diz. Apenas no ano passado, a empresa destinou US$ 3,6 bilhões para o desenvolvimento de novas drogas, principalmente medicamentos biológicos. No Brasil os investimentos também têm sido fortes. Desde 2008 foram aplicados mais de R$ 90 milhões em centros de pesquisas espalhados pelo País.
Agora é esperar para que os resultados – novos remédios – comecem a aparecer. “Eles foram na contramão do mercado. Enquanto a maioria dos laboratórios apostou em aquisições e no lançamento de medicamentos genéricos, a Bristol priorizou o desenvolvimento de novas patentes”, afirma o consultor Bruno Nogueira, da Lafis.
Dos US$ 18,8 bilhões em vendas registrados, em 2009, US$ 4,4 bilhões vieram do biofármacos. Além do faturamento, a guinada estratégica também teve reflexos na percepção do mercado sobre a companhia. No ano passado, o laboratório foi apontado pela Dow Jones como uma das 20 empresas mais promissoras para o futuro.
Os acionistas da Bristol também comemoram os bons resultados. De acordo com um estudo feito pela companhia, o investidor que aplicou US$ 100 em ações da empresa, em 2004, chegou ao final de 2009 com US$ 128 em ativos. No mesmo período, quem aplicou o mesmo valor no S&P 500 acumulou US$ 102. Prova de que as drogas biológicas fizeram bem ao bolso dos acionistas.
Não existe nada pior para uma empresa do setor farmacêutico do que a perda de uma patente. São anos de pesquisa e bilhões de dólares em investimentos que, de uma hora para outra, caem em domínio público, se são lançados sob a forma de genéricos com preços até 60% menores. Para não perder mercado, os laboratórios acabam reduzindo as margens e cobrando menos pelos remédios originais. Trata-se de uma fórmula mortífera que reduz drasticamente as receitas dos laboratórios.
É exatamente esse o drama da Bristol-Myers Squibb, uma das maiores companhias farmacêuticas do mundo, com faturamento global de US$ 18,8 bilhões em 2009. Com várias de suas patentes vencendo nos próximos cinco anos, a empresa foi obrigada a rever suas estratégias. Mas, ao contrário de seus concorrentes, que passaram a investir em fusões e aquisições para manter sua fatia do mercado, a Bristol, dona de marcas conhecidas como Naldecon e Luftal, tem adotado outra estratégia: apostar em inovação e no crescimento em mercados emergentes como o Brasil.
Bristol no mundo Faturamento: US$ 18,8 bilhõesReceitas com biofármacos: US$ 4,4 bilhõesInvestimentos em novos medicamentos: US$ 3,6 bilhões
“A matriz enxerga um potencial enorme de crescimento no Brasil”, afirma Stephen Merrick, novo CEO da Bristol-Myers Squibb no País. “Nossa meta é aumentar as vendas de nosso portfólio de medicamentos inovadores e chegar a um faturamento de R$ 750 milhões até 2015”, continua o executivo. Se conseguir alcançar a meta, dobrará o tamanho da empresa.
Nascido na Inglaterra, Merrick trilhou uma carreira brilhante na Bristol antes de chegar ao Brasil. Em 14 anos, o executivo já passou pelos escritórios da empresa nos Estados Unidos, Suécia, França, Israel e Turquia. Por aqui, precisará usar sua experiência para conduzir o lançamento de cinco novas drogas biológicas – produzidas a partir de células vivas – nos próximos anos. São medicamentos usados no combate a hepatite C, câncer e diabetes.
“Para isso, estamos investindo muito em pesquisas. Precisamos de novos remédios para crescer”, diz. Apenas no ano passado, a empresa destinou US$ 3,6 bilhões para o desenvolvimento de novas drogas, principalmente medicamentos biológicos. No Brasil os investimentos também têm sido fortes. Desde 2008 foram aplicados mais de R$ 90 milhões em centros de pesquisas espalhados pelo País.
Agora é esperar para que os resultados – novos remédios – comecem a aparecer. “Eles foram na contramão do mercado. Enquanto a maioria dos laboratórios apostou em aquisições e no lançamento de medicamentos genéricos, a Bristol priorizou o desenvolvimento de novas patentes”, afirma o consultor Bruno Nogueira, da Lafis.
Dos US$ 18,8 bilhões em vendas registrados, em 2009, US$ 4,4 bilhões vieram do biofármacos. Além do faturamento, a guinada estratégica também teve reflexos na percepção do mercado sobre a companhia. No ano passado, o laboratório foi apontado pela Dow Jones como uma das 20 empresas mais promissoras para o futuro.
Os acionistas da Bristol também comemoram os bons resultados. De acordo com um estudo feito pela companhia, o investidor que aplicou US$ 100 em ações da empresa, em 2004, chegou ao final de 2009 com US$ 128 em ativos. No mesmo período, quem aplicou o mesmo valor no S&P 500 acumulou US$ 102. Prova de que as drogas biológicas fizeram bem ao bolso dos acionistas.
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