O PIB registrou queda de 2% no segundo trimestre de 2016 na comparação com o trimestre anterior, sendo que o esperado pela Lafis era um crescimento de 0,2%. Essa queda só mostra a extensão que os problemas climáticos trouxeram para a agricultura brasileira.
No começo de janeiro a expectativa era de que a safra de grãos apresentasse um resultado recorde em comparação com 2015, muito devido aos aumentos na produção de soja e uma queda menos intensa na 1ª safra de milho – mas que seria compensada pelo aumento na produção da 2ª safra.
No entanto, com o excesso de chuvas em janeiro/fevereiro na região Centro-Oeste a colheita de soja ficou prejudicada, com milhares de hectares perdendo a qualidade, o que ocasionou a queda na produção. No caso da 2ª safra do milho, com o tempo seco de abril adiante o desenvolvimento da cultura ficou prejudicado, o que também derrubou a produção. Como ambas as culturas, juntamente com o arroz, correspondem a mais de 80% da área plantada no Brasil, o PIB agrícola acabou sendo afetado.
O esperado é que o impacto desta quebra continue impactando o PIB até o final de 2016, tendo em vista que a única cultura que deverá apresentar impactos positivos é o trigo, mas que apresenta pouca expressão na produção geral de grãos. Assim, com esta queda no PIB, estima-se que o faturamento do setor de grãos seja ainda mais impactado que o esperado em junho, principalmente por que a 2ª safra de milho já está sendo confirmada como inferior ao esperado anteriormente.
Analista Responsável pelo Setor: Ricardo Quirino
Nenhum comentário:
Postar um comentário