segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Varejo: As mudanças do comércio varejista brasileiro



Com uma atividade econômica mais arrefecida, o crédito mais caro, aumento dos preços e o maior endividamento das famílias, é natural que se observe mudanças nos hábitos dos consumidores, o que por consequência afeta o comércio varejista. Frente a esses fatores, o consumidor passou a escolher e planejar com mais atenção as suas compras, tornando-se mais seletivo, reduzindo as compras feitas por impulso, diminuindo a freqüência de ida aos supermercados e comparando mais preços e marcas.

 Em adicional, a procura por marcas próprias nos supermercados vem aumentando desde o começo deste ano. Segundo a Associação Brasileira de Marcas Próprias (Abmapro), de março a agosto, o resultado efetivo superou em 5% o esperado pelo setor. Tal fato pode ser explicado, principalmente, pela pressão no custo de vida das famílias com o aumento dos preços, o que leva a crescer a demanda pelas marcas próprias.  Estas costumam custar até 20% menos, já que há um menor custo de produção há um menor volume de investimento gasto em marketing.  

Apesar disso, uma pesquisa da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) revelou que, de janeiro a julho deste ano, o número de lançamentos de produtos vendidos nos supermercados e hipermercados aumentou 26% em relação ao mesmo período de 2013, e que tal movimento acontece simultaneamente à diminuição do tamanho das lojas. A explicação para o aumento do número de lançamentos frente a um contexto de atividade econômica menos aquecida reside no fato do mercado brasileiro ainda crescer acima de outros países, além da necessidade das marcas investirem em novos produtos, já estes possuem maiores margens de lucro. 


Diante destes acontecimentos, já é possível afirmar que o comércio varejista brasileiro tem passado por algumas transformações, outro fato importante que se observou no setor neste primeiro semestre do ano foi o crescimento dos chamados mercados de vizinhança, que são formados por até quatro check-outs. Tal alargamento justifica o avanço de grandes redes varejistas (exemplo Carrefour e Pão de Açúcar) neste formato de comercialização. O sucesso desse canal reside no atendimento mais personalizado e a proximidade dele com a casa e/ou local de trabalho do cliente. Assim, a tendência é de expansão deste modelo, comprovado pela chegada de grandes redes neste segmento.    

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