A recente conquista
da Telefónica/Vivo obtendo o direito de comprar a GVT da Vivendi (operadora
francesa) abre a possibilidade de haver maior concentração do mercado de
telecomunicações, no entanto, adverte-se que tal acordo terá que passar pela
análise do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a fim de
concretizar-se. A Telefónica superou a TIM nessa negociação, não somente por
ter oferecido mais dinheiro, mas por oferecer participação acionária e o
compartilhamento da rede de dados na Europa com a empresa francesa.
No entanto, outro
aspecto de grande importância são os estudos empreendidos pela Oi/PT que
objetiva comprar uma parcela dos negócios da TIM, isto é, avalia-se através da
BTG Pactual a possibilidade das atividades da TIM serem esfaceladas e vendidas
para os demais players (e assim, contornar questões anti-trust). A Oi/PT,
apesar de envolvida com problemas financeiros (calote do Banco Espírito Santo,
o qual captou recursos da Portugal Telecom – PT) e atrasos no processo de
fusão, o grupo de telefonia acredita que a venda de suas operações em Angola
pode angariar os recursos necessários para a hipotética compra da TIM.
Por fim, a TIM que
perdeu a negociação da compra da GVT, e ainda é ameaçada pela possibilidade de
compra pela Oi/PT, concentra-se em aperfeiçoar e modernizar suas redes de
conexão, e depara-se com uma oportunidade no leilão da frequência 4G. Porém, o
leilão, marcado para setembro, enfrenta possui uma forte concorrência por parte
do grupo mexicano America Móvil, dono da marca Claro, que provavelmente possui
recursos em caixa para satisfazer as exigências de ágio (ganha quem oferecer
maior valor em dinheiro) da licitação.
A situação está
aparentemente complicada para a TIM, e o desenrolar dos eventos não são tão
previsíveis por conta do resultado do leilão da 4G e dos pareceres do CADE, os
quais podem mudar toda a dinâmica de concorrência no setor.
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