sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Telecomunicações: Concorrência no mercado das telecomunicações brasileiras fica mais acirrada.



A recente conquista da Telefónica/Vivo obtendo o direito de comprar a GVT da Vivendi (operadora francesa) abre a possibilidade de haver maior concentração do mercado de telecomunicações, no entanto, adverte-se que tal acordo terá que passar pela análise do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a fim de concretizar-se. A Telefónica superou a TIM nessa negociação, não somente por ter oferecido mais dinheiro, mas por oferecer participação acionária e o compartilhamento da rede de dados na Europa com a empresa francesa.

No entanto, outro aspecto de grande importância são os estudos empreendidos pela Oi/PT que objetiva comprar uma parcela dos negócios da TIM, isto é, avalia-se através da BTG Pactual a possibilidade das atividades da TIM serem esfaceladas e vendidas para os demais players (e assim, contornar questões anti-trust). A Oi/PT, apesar de envolvida com problemas financeiros (calote do Banco Espírito Santo, o qual captou recursos da Portugal Telecom – PT) e atrasos no processo de fusão, o grupo de telefonia acredita que a venda de suas operações em Angola pode angariar os recursos necessários para a hipotética compra da TIM.

Por fim, a TIM que perdeu a negociação da compra da GVT, e ainda é ameaçada pela possibilidade de compra pela Oi/PT, concentra-se em aperfeiçoar e modernizar suas redes de conexão, e depara-se com uma oportunidade no leilão da frequência 4G. Porém, o leilão, marcado para setembro, enfrenta possui uma forte concorrência por parte do grupo mexicano America Móvil, dono da marca Claro, que provavelmente possui recursos em caixa para satisfazer as exigências de ágio (ganha quem oferecer maior valor em dinheiro) da licitação.

A situação está aparentemente complicada para a TIM, e o desenrolar dos eventos não são tão previsíveis por conta do resultado do leilão da 4G e dos pareceres do CADE, os quais podem mudar toda a dinâmica de concorrência no setor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário